Saturday, December 13, 2008

Paranapiacaba e GTP - Teatro da Poli.

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Um dos lugares onde eu mais tenho vontade de morar é Paranapiacaba. Distrito de Santo André, lugar turístico, patrimônio histórico, reserva natural.

Depois de ter assistido à peça de minha amiga Maína, ontem eu fui assistir mais uma vez outra peça de teatro do GTP - Grupo de Teatro da Poli. Grupo com 55 anos de história e que contou com Manuel Bandeira na sua fundação.

Claro, o preconceito que me ensinaram a ter contra a Poli me ensinou a não enxergar esse grupo durante toda a minha estadia na USP. Mas agora, felicita-me muito descobrir, através dele, que existe uma tragédia de uma autora de Santo André, entitulada "Paranapiacaba - De onde se vê o mar".

De fato, em Tupi. O verbo "pyak" é o verbo "ver" e "Paranã" é mar. Enquanto que "aba" é um designativo de lugar. O verbo "pyak" conjugado ficaria assim:

ixé apyak (eu vejo)
endé erepyak (tu vês)
a'e opyak (ele vê)

etc.

Sim, em Tupi a flexão do verbo é pela frente. "Eu vejo o mar" seria

Ixé apyak paranã.

Ou na ordem mais usual, em Tupi, com o verbo ao fim da frase:

Ixé paranã apyak (eu o mar vejo)

Outra possibilidade de expressar isso em Tupi, com o objeto incorporado ao verbo, esse recurso não existe em Português:

Ixé aparanãpyak (eu vejo o mar)

Pode-se também, e até mais usual em Tupi, omitir o sujeito "Ixé" (eu):

aparanãpyak (vejo o mar)

Agora, acrescentando o "aba" que significa "lugar" e omitindo o "a" do verbo na primeira pessoa:

paranãpyakaba (de onde se vê o mar).

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De fato, Paranapiacaba é "o lugar de onde se vê o mar" (ao longe... bem longe!)... Tanto que uma das personagens da peça diz "aqui não tem mar!". Linda essa fala.

Paranapiacaba é um lugar também das velhas estações de trem, outro tema também muito explorado na peça e bem retratado nesse video do YouTube:

http://br.youtube.com/watch?v=9UY58spuwz0


Putz... Em todas as minhas postagens agora eu vou colocar vídeos do YouTube? Acho que não. Mas esse vídeo é bonitinho. Montagem com um poema do Manuel Bandeira, que muito me lembra os tempos em que eu morei com o Sinki. Lembro dele recitando o "trenzinho do caipira".

Sinki, além de astrônomo, como já disse, adorava recitar os poemas do Manuel Bandeira. Aliás, já falamos do Bandeira aqui quiando falamos da fundação do GTP.

Depois de ser estudante da Poli, o bandeira adoeceu e teve de fazer tratamento no exterior. Depois, ficou até a velhice esperando a morte.

Paranapiacaba, com sua famosa "neblina inglesa" (a cidade foi construída por ingleses, com participação do Visconde de Mauá) é onde se pode presenciar bastante da mata nativa do Estado de São Paulo:

http://br.youtube.com/watch?v=06tA1fyVDbk&feature=related

1 comment:

Anonymous said...

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