Tuesday, November 10, 2009

O caso Geysy da Uniban

Os estudantes da Uniban (quiçá, antes disso... brasileiros!) se comportaram como macacos. Existem formas muito mais civilizadas de questionar o espaço da sexualidade em nossas vidas, ao invés de se comportarem como macacos frustrados impedidos de "acasalar".



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Foto ao lado: Sharon Stone, em cena emblemática, no filme "Instinto Selvagem".
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Tenho visto pessoas justificarem (!) o comportamento de "manada" dos estudantes, pelo comportamento da aluna Geysy, como se ela tivesse de ser culpabilizada pela incapacidade de convívio em sociedade de centenas de pessoas em pleno comportamento bestial.


http://www.youtube.com/watch?v=4jfLMrpHM1I&feature=related

Uma garota sozinha não pode ser responsabilizada pela hipocrisia moral de toda uma sociedade. É injusto que uma massa de pessoas se volte contra um único individuo quando a sociedade possui instâncias muito mais adequadas para se debater tais valores, enquanto macacos frustrados sexualmente se sentem no direito de ameaçar com estupro e violência uma pessoa comum, dada suas incapacidades de perceber as vias exigidas pelo convívio em civilização. Ou, ao menos, que tivessem, uma vez ignorantes, a dignidade de aliviar suas frustrações sexuais sozinhos em suas intimidades.... mas nem isso...

Felizmente pessoas que ocupam instâncias da justiça, que aqueles estudantes da Uniban jamais poderão (ou deveriam) ocupar, sairam em defesa da garota.

Uma pessoa sozinha não pode pagar com a própria integridade física a debilidade obtusa de nossos valores sexuais e nossa franca incompetência social de decifrar um sentido para a sexualidade em nossas vidas, bastando assistir uma única tarde de televisão num domingo para atestar nossa imbecilidade coletiva sobre o tema e toda nossa hipocrisia moral.

Monday, February 16, 2009

Aquarius!!

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Já faz alguns anos, eu assisti à peça "Hair" tendo Iacov Hillel como um de seus diretores, no Teatro Laboratório da ECA, Escola de Arte Dramática (EAD).

Agora está circulando essa notícia estranha de que "entramos na Era Aquário". Puxa vida, fico a imaginar quantas notícias como essa já não deve ter circulado por aí... Fico a imaginar quantas vezes nós já não teríamos entrado na Era de Aquário.

De fato, esse papo de Era... é um assunto muito aberto e cada um escreve o que bem quiser.

No caso da música da peça "Hair", há o famoso trecho da letra da música que diz a respeito de um alinhamento de Júpiter com Marte e a Lua na sétima casa.

Eu diria que esse me parece um critério bizarro (a menos, claro, que haja algo nas entrelinhas que eu não tenha percebido ainda, mas acho que não, hein...) para decidir acerca da entrada numa Era.

Mas se os noticiários estiverem corretos, ao menos tais critérios possuiria a vantagem de contar com um Sol em Aquário, na época do tal alinhamento.

Há autores que afirmam que entramos na Era de Aquário em julho de 1969, quando o Homem "pisoteou" a Lua. Inclusive a frase "um gigantesco passo para a Humanidade" é, de fato, bastante aquariana. E pisar na Lua é, sem dúvida, um baita e respeitável símbolo aquariano: a coisa da viagem espacial, a tecnologia, a perspectiva no futuro.

De qualquer modo, dentro dos conceitos astrológicos, seja lá qual for o marco, podemos ter a certeza disso: vivemos a transição da Era de Peixes para a Era de Aquário.

Tuesday, February 03, 2009

A Pureza Angolana

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"Não basta que seja justa e pura a nossa causa.

É necessário que a justeza e a pureza estejam dentro de nós"


(Agostinho Neto)



Foto acima: o ex-presidente de Angola (importante figura na luta pela independência desse país em relação a Portugal, em 1975) e sua esposa.

Fonte da Imagem:
http://rubelluspetrinus.com.sapo.pt/neto1.htm

Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Neto

Friday, January 30, 2009

Dança Odissi.

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Templo hindu (Shantadurga Temple), na cidade indiana de Goa.
Fonte da imagem, wikipédia:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Goa

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Esta é a segunda vez que posto aqui sobre Dança Tradicional Indiana, estilo Odissi:


http://br.youtube.com/watch?v=iwOclcc66Tc&feature=PlayList&p=31399F40353AE481&index=3&playnext=2&playnext_from=PL


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IOGUI


No dia a dia que passa
Esboço um destino certo
Enquanto medito
Entre a Terra e o Espaço
Meu ser se alonga
Sorvendo orvalho
Da manhã calma...
Pensar é imenso
Brotar de fonte
Dentro de mim.
Eu sou Todo
Igual a Infinito.




Vimala Devi




Fonte da imagem, Wikipédia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Vimala_Devi
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Saturday, January 24, 2009

Noroeste Ecovila... Viva a Natureza?

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Mais um empreendimento imobiliário em Brasília. Sim, a capital está repleta deles. Esse vai ser chiquérrimo. Quem vai morar lá é só granfino. E tem mais essa: seguindo a última tendência do "mercado", a ordem agora é salvar o planeta e vivermos em harmonia.

Por essa razão, os chiquérrimos do Noroeste vão morar no primeiro "bairro ecológico" do Brasil. Construções sustentáveis, ecologicamente corretas, muito verde e Viva a Natureza. Tudo construído de acordo com as últimas tendências desse papo de reciclagem e tudo o mais...

Claro! Muita grana rolando, altos faturamentos... Será o metro quadrado mais caro numa cidade onde um apartamento facilmente custa centenas de milhares de reais. Um dos mais caros do Brasil.

O que ficou faltando foi isto: reciclar a alma porca, imunda e vendida pro "Capeta-lismo"...

O primeiro bairro (olha só que chique...): ecológico do Brasil... nasceu depois que os índios foram dali expulsos... Poxa, vida. Bando de vagabundos que não trabalham, não é mesmo? E claro... Não vender a alma pro diabo capitalista, certamente é anti-ecológico!

Trata-se de um paradoxo tão monstruosamente escroto! (peço desculpas ao leitor pela clareza da expressão), muito pior na sua essência do que paradoxos do tipo "guerra santa" ou "guerrear pela paz". Trata-se de destruir o povo cuja cultura é a própria definição de sustentabilidade, para fundar um bairro hipocritamente ecológico em prol da vaidade dos chiquérrimos e dos interesses dos exorbitantes lucros imobiliários! Destruindo os índios e substituindo - os por arbustos lindamente podados no lugar.

No Brasil, essa putaria acontece quotidianamente com moradores de favelas e, agora, descubro que também com os índios que, afinal, na nossa linguagem fascista são todos vagabundos, gente feia, nojenta, indignas de freqüentar um shopping center fino (e quem sabe, ecologicamente correto).


Viva o Verde Hipócrita! Viva o Verde Podre!
De alma corroída...

Viva a Publicidade que elege prefeitos e governos! Viva a Publicidade oca! Palhaço de farinha colorida, paçoca desnutrida vendida em prateleiras caras para pessoas mui finas.

Certa vez, andando pela USP, vi a capa de um livro a venda no curso de Publicidade. O título era assim:


"A Publicidade é um Cadáver que nos sorri"




Textos na Internet sobre esse assunto:

http://www.amcham.com.br/update/2008/update2008-08-04a_dtml
http://www.noroesteimoveis.com/

Wednesday, January 21, 2009

Nas asas da Borboleta.

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Ficar tanto tempo longe e depois voltar a morar em Brasília é fascinante: voltar à cidade que na sua infância era simplesmente "o mundo" com olhos de homem. Pior: olhos de homem, num corpo espiritual de adolescente e corpo social de criança.

Uma coisa está me chocando bastante. O descaso das autoridades com a população. O abismo sócio-econômico em Brasília é ainda maior do que em São Paulo. Os lugares, os costumes, os hábitos, os acessos ao lazer e à cultura. Tudo em Brasília é extremamente segregado. A separação econômica é inclusive geográfica, gritantemente geográfica. Ironia esmagadora para a aclamada "capital da esperança" da "utopia aquariana" e que leva o nome de um arquiteto que é comunista.

Claro, sou fã de Brasília. Amo esse lugar único. A "cidade inventada" como já disseram. Mas o fascínio não omite suas contradições.

Muita pouca gente sabe. Mas a cidade foi projetada (por Lúcio Costa) com a forma de uma borboleta (geralmente pensam ser um avião... o que ofende o urbanista, mas ganhou o imaginário popular por aqui).



Eu nasci numa das asas dessa borboleta...

Brasília fará 50 anos em 2010.
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Wednesday, January 14, 2009

O novo blog da Julia

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Depois de um bom tempo, hoje eu voltei a teclar com Julia. Ela é atriz de Teatro, cantora e (estou certo) futura escritora. É uma mulher de personalidade, inteligência, sensibilidade, muita sensibilidade e graça. Do signo de Áries, traz de forma dramática o tão característico impulso do signo. É uma mulher que mudou o significado das palavras "arte" e "teatro" na minha vida.

Seu blog nos mostra as inquietações de uma atriz e cantora em início de carreira. A paixão pela música pop e o flerte e o fascínio pela arte mais erudita de temática popular, tais como Chico, Nelson, Bossa ou Cinema. "Nem popular, nem erudito" é o título de uma exposição atualmente exibida no Museu Nacional projetado recentemente por Oscar Niemeyer em Brasília. Assim também é o blog de Julia. Ou melhor, assim são os seus blogs. Pois ela já teve vários. Por mim, os seus blogs poderiam estar expostos naquele museu. Seria bem diferente ir a um Museu de Arte Contemporânea para ver... blogs!

Através de seus blogs, nós podemos acompanhar não apenas suas paixões, mas também pescar nas entrelinhas como funciona o mundo do Teatro, dos artistas, sejam eles reconhecidos, eruditos, consagrados, do teatro, da televisão, os testes para trabalhos na TV e a emoção de participar deles.

Qualquer dia, se ela me autorizar, eu falo do mapa astrológico dela aqui. Ela é VIP.



"Pequena Luz" ou "Pequena Estrela" é um excelente nome, Julia. Gostei muito:


http://www.littlestarofmine.blogspot.com/

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