Monday, October 24, 2005

Itapira: 185 anos.

Estive na cidade de Itapira, no interior de São Paulo, ontem 23 de outubro de 2005, quando estive com atores do grupo de teatro Pirandello. O grupo Pirandello é assunto a parte. Por enquanto eu gostaria de comentar outro fato que me chamou a atenção: os jornais locais anunciando nas bancas os 185 anos da cidade.

Mas aliás, fiquei pensando a respeito da possibilidade do significado “mágico” da “coincidência” da apresentação da peça “Skataplun” (sobre justamente um livro de... “magias”) do grupo coincidir com a exatidão de uma Lua minguante que embelezou o céu da cidade na noite em que eu estive por lá. Eu diria que foi uma das Luas minguantes mais belas que já vi.

Informaram-me por lá que o aniversário da cidade seria hoje, 24 de outubro. Como 2005 – 185 = 1820. Assim, o “nascimento” da cidade seria:

24 de outubro de 1820. Itapira – SP.

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Segundo a página virtual da prefeitura dessa pequena cidade, a população local é de 63 mil habitantes, ou seja, aproximadamente o mesmo número de pessoas que é o número de estudantes da universidade em que estudo e de onde escrevo agora. 60 mil pessoas é também o suficiente para preencher metade da capacidade do maior estádio de futebol do Brasil.

Infelizmente muitas pessoas cometem a ignorância de subestimar uma cidade pelo fato dela ser considerada “pequena”, quando são justamente as cidades pequenas que muitas vezes dão os exemplos do poder e da força culturais.

Mas vamos aos dados históricos fornecidos pela página da prefeitura, do qual lemos:

Embora desde o século 18 já existissem moradores no bairro dos Macucos (futura Itapira), somente a partir do primeiro quarto de 1800 é que teve inicio a colonização efetiva da cidade. Joao Gonçalves de Moraes, doou parte de suas terras para que fosse formado um povoado. No dia 24 de outubro de 1820, João Moraes e Manoel Pereira, acompanhados de outras pessoas, iniciaram a derrubada da mata no lugar escolhido para ser construída uma igreja. Onde deveria ser colocada a imagem de Nossa Senhora da Penha. Pelo significado do acontecimento, aquela data passou a ser tida como a data de fundação da cidade. No dia 19 de março de 1821, o padre Antonio de Araújo Ferraz, veio a cavalo para rezar a primeira missa em terras de Itapira. Em 08 de fevereiro de 1847, era elevada a categoria de vila, com o nome de Villa de Nossa Senhora da Penha. Em 1858, tornou-se município. E a 20 de setembro do mesmo ano, foi instalada a câmara municipal. Em 20 de abril de 1871, o nome foi mudado para Penha do Rio do Peixe. No dia 08 de fevereiro de 1890, por votação foi escolhido o nome de Itapira. Mas a cidade só veio a adotar esse nome no mês de abril do mesmo.”

OBS: "Itapira" em tupi, significa "Peixe de Pedra" (Ita = pedra, como em Itajubá, Itapetininga, Itatiaia, etc.).

O texto sugere outras possibilidades para tomarmos o mapa astrológico da cidade, mas eu não poderia estender essa discussão aqui. É sempre bastante complicado estabelecer um mapa astrológico de uma comunidade ou nação. Pela minha experiência, aquela data em que se comemora o aniversário, costuma ser uma data correta, embora nunca exclua a possibilidade do estudo de outras datas.

O mais complicado sempre é a escolha da hora do “nascimento” da cidade, que quase nunca é facilmente consensual entre astrólogos. Infelizmente, no caso de Itapira eu não possuo nenhuma informação a respeito de um possível horário.

O fato da cidade ter-se como marco com o Sol em Escorpião pode indicar a importância da estratégia de negócios para a cidade, bem como um talento para o espírito investigativo, inclusive pela presença de Marte e Mercúrio no signo. A sensualidade da população (das mulheres, em especial) também foi algo que não me passou desapercebido. Na noite em que cheguei eu fiquei bastante perdido na cidade e fui parar numa casa de forró, onde pude observar bastante do comportamento da população. O talento místico de Escorpião (no sentido amplo do termo) poderia ser outro traço da cidade cuja própria fundação se deu pela construção de uma Igreja e pelo estabelecimento de uma imagem de Nossa Senhora.

De um ponto de vista mais incisivo, podemos citar o famoso talento de Escorpião para a crueldade e para as intrigas e disputa pelo poder, seja o poder oficial, seja um poder informal pelo qual a população poderia ardentemente ansiar. Assim, disputas e jogos pelo poder, em seus vários níveis e espécies, podem ser temas importantes para a população e a cidade. Isso me deixa inclusive curioso para saber qual foi resultado do referendo do desarmamento em Itapira, em particular. Escorpião pode ter uma certa ânsia pela execução do domínio e do controle e pela demonstração da força.

A questão da Liberdade, da expressão e do significado e dos limites do Pudor das mulheres de Itapira parece estar dramatizado na quadratura em T entre Júpiter-Vênus e Lua, que também pode se traduzir num certo nervosismo e ansiedade dessas mulheres, que poderiam desejar expressão e liberdade, a questão da saúde e da alimentação parece também se exprimir nessa quadratura.

Em suma, a questão da relação da cidade com o Feminino e com o Poder, parece estar em destaque naquele mapa.

Nesse aniversário de Itapira, o próximo ano tem tudo para ser um ano de expansão, otimismo e aprendizado, já que Júpiter fez conjunção ao Sol desse ciclo de revolução anual-solar para 2005/2006. Assim, é possível que surjam exigências visando melhorias na cidade, tal como é típico de Júpiter.

Enquanto que no ano anterior, por exemplo, eu não sei o que pode ter acontecido ou como pode ter-se passado tal ano, mas a agitação das questões do feminino e nervosismo das mulheres em Itapira parece ter recebido certa ênfase (Vênus em trânsito pela Lilith e Nodos no aniversário de 2004, bem como quadratura de Lua à Lua natal no aniversário de 2004, transitando sobre Júpiter). Bem, como assuntos relativos a questões de construção e segurança (Júpiter opondo-se a Saturno, em 2004).

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