Sunday, January 04, 2009

Teimando em Dom Casmurro.

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Quando eu estava na 8a série, a professora de Português passou na lousa uma lista de uns dez ou vinte livros. Apontou para Dom Casmurro e disse "esse é o mais difícil". Então claro, escolhi aquele. E também porque eu já andava fascinado pela fama de Machado de Assis. Influência certa de amigos como Braz, Rafael ou Alan. Aliás, meus amigos até hoje. Basta dizer que passei os meus primeiros dias de retorno a Brasília, com os dois últimos.

Portanto, li Dom Casmurro pela primeira vez aos 14 anos e o estou relendo agora com 29, portanto 15 anos depois. O que certamente me garantirá dois Dons Casmurros totalmente diferentes. Dois clássicos. Dois sabores. Duas pessoas diferentes diante do mesmo livro, portanto dois livros distintos, ainda que diante da mesmoa pessoa. Enfim, coisas que me fazem pensar na fragilidade das categorias e conceitos de nossos paradigmas. (As pessoas deveriam discutir menos a existência de Deus e discutir mais a existência de seus paradigmas).

Experimentei essa mesma degustação de letras com "Olga" de Fernando Morais. Li-o pela primeira vez aos 16, por indicação de meu irmão mais velho, Gabriel, que trouxera uma bela edição de São Paulo. Lembro-me bem: estávamos no povoado de São Jorge (vulgo "Chapada dos Veadeiros", reserva do Ibama) onde mamãe morava na época.

Depois reli "Olga", oito anos mais tarde, já com 24, no CRUSP, na USP em São Paulo. Aprendi muito a respeito do signo de Aquário, relendo-o. Olga é aquariana do dia 12 de fevereiro. Com Marte em Áries. Uma mulher fascinante.

Para quem tem travas e resistências a ler Dom Casmurro, a dica que dou é esta: esqueça aquele clima de obrigação da escola e a sensação de pedantismo de que o livro somente poderia ser apreciado por Professores de Português. O livro é maravilhoso e é maravilhoso relê-lo depois de ter conhecido mais a vida e os pensamentos da vida. A sensibilidade, as reflexões, imagens e metáforas de Machado impressionam e suas personagens e situações são tão vivas quanto as de Nelson e eu diria que são mais reais.

Quando o li moleque aos 14, usei um minidicionário obssessiva e pacientemente. Venci o livro em um único dia. Hoje eu o estou lendo com menor avidez, porém com muito mais sabor, já que maior a minha capacidade de leitura e compreensão. Lembro que naquela primeira leitura, por exemplo, a metáfora dos "olhos de ressaca", me passou batida. Hoje... Bem, hoje: só posso chamar Machado de gênio.
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Maysa na TV amanhã.




Amanhã vai estrear Maysa, série de seu filho Jayme Monjardim (o que dirigiu "Olga", o filme baseado no livro de Fernando Morais). Acabo de checar no Wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maysa_Figueira_Monjardim

Que Maysa nasceu em 6 de junho de 1936. Sendo portanto do mesmo signo que Marilyn Monroe e Machado de Assis: gêmeos. Na verdade, assim como no mapa de Chico Buarque (outro geminiano), o mapa da cantora é rico em planetas em gêmeos: Sol, Vênus, Mercúrio, Quíron e Marte. Mas a personalidade complicada da cantora sugerida nos traillers, não se deveria apenas a essa riqueza geminiana. Seu mapa é riquíssimo em quadraturas: forma uma grande cruz. Com destaque especial para o poder de Netuno, planeta tão importante para músicos, poetas e artistas em geral. Planeta igualmente poderoso nos mapas de Marilyn e Chico Buarque.


Gêmeos...


Vida social intensa, gosto pelo flerte, fascínio e curiosidade pelo humano e pelas pessoas, rapidez de idéias, emoções faiscantes, sensações que vem e vão rápidas, oscilações profundas do humor, amor infantil, habilidade de persuasão e com as situações, alta capacidade verbal e intelectual, horror à mesmice e à monotonia, mente flexível e adaptável, alta capacidade de abstrair a vida, interesses diversos e múltiplos são todos traços geminianos. Estou curioso para conhecer melhor a Maysa.




Mapa Astrológico de Maysa (horário fictício ajustado para 12h): as linhas vermelhas indicam aspectos tensos em sua vida.

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