Friday, January 30, 2009

Dança Odissi.

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Templo hindu (Shantadurga Temple), na cidade indiana de Goa.
Fonte da imagem, wikipédia:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Goa

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Esta é a segunda vez que posto aqui sobre Dança Tradicional Indiana, estilo Odissi:


http://br.youtube.com/watch?v=iwOclcc66Tc&feature=PlayList&p=31399F40353AE481&index=3&playnext=2&playnext_from=PL


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IOGUI


No dia a dia que passa
Esboço um destino certo
Enquanto medito
Entre a Terra e o Espaço
Meu ser se alonga
Sorvendo orvalho
Da manhã calma...
Pensar é imenso
Brotar de fonte
Dentro de mim.
Eu sou Todo
Igual a Infinito.




Vimala Devi




Fonte da imagem, Wikipédia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Vimala_Devi
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Saturday, January 24, 2009

Noroeste Ecovila... Viva a Natureza?

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Mais um empreendimento imobiliário em Brasília. Sim, a capital está repleta deles. Esse vai ser chiquérrimo. Quem vai morar lá é só granfino. E tem mais essa: seguindo a última tendência do "mercado", a ordem agora é salvar o planeta e vivermos em harmonia.

Por essa razão, os chiquérrimos do Noroeste vão morar no primeiro "bairro ecológico" do Brasil. Construções sustentáveis, ecologicamente corretas, muito verde e Viva a Natureza. Tudo construído de acordo com as últimas tendências desse papo de reciclagem e tudo o mais...

Claro! Muita grana rolando, altos faturamentos... Será o metro quadrado mais caro numa cidade onde um apartamento facilmente custa centenas de milhares de reais. Um dos mais caros do Brasil.

O que ficou faltando foi isto: reciclar a alma porca, imunda e vendida pro "Capeta-lismo"...

O primeiro bairro (olha só que chique...): ecológico do Brasil... nasceu depois que os índios foram dali expulsos... Poxa, vida. Bando de vagabundos que não trabalham, não é mesmo? E claro... Não vender a alma pro diabo capitalista, certamente é anti-ecológico!

Trata-se de um paradoxo tão monstruosamente escroto! (peço desculpas ao leitor pela clareza da expressão), muito pior na sua essência do que paradoxos do tipo "guerra santa" ou "guerrear pela paz". Trata-se de destruir o povo cuja cultura é a própria definição de sustentabilidade, para fundar um bairro hipocritamente ecológico em prol da vaidade dos chiquérrimos e dos interesses dos exorbitantes lucros imobiliários! Destruindo os índios e substituindo - os por arbustos lindamente podados no lugar.

No Brasil, essa putaria acontece quotidianamente com moradores de favelas e, agora, descubro que também com os índios que, afinal, na nossa linguagem fascista são todos vagabundos, gente feia, nojenta, indignas de freqüentar um shopping center fino (e quem sabe, ecologicamente correto).


Viva o Verde Hipócrita! Viva o Verde Podre!
De alma corroída...

Viva a Publicidade que elege prefeitos e governos! Viva a Publicidade oca! Palhaço de farinha colorida, paçoca desnutrida vendida em prateleiras caras para pessoas mui finas.

Certa vez, andando pela USP, vi a capa de um livro a venda no curso de Publicidade. O título era assim:


"A Publicidade é um Cadáver que nos sorri"




Textos na Internet sobre esse assunto:

http://www.amcham.com.br/update/2008/update2008-08-04a_dtml
http://www.noroesteimoveis.com/

Wednesday, January 21, 2009

Nas asas da Borboleta.

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Ficar tanto tempo longe e depois voltar a morar em Brasília é fascinante: voltar à cidade que na sua infância era simplesmente "o mundo" com olhos de homem. Pior: olhos de homem, num corpo espiritual de adolescente e corpo social de criança.

Uma coisa está me chocando bastante. O descaso das autoridades com a população. O abismo sócio-econômico em Brasília é ainda maior do que em São Paulo. Os lugares, os costumes, os hábitos, os acessos ao lazer e à cultura. Tudo em Brasília é extremamente segregado. A separação econômica é inclusive geográfica, gritantemente geográfica. Ironia esmagadora para a aclamada "capital da esperança" da "utopia aquariana" e que leva o nome de um arquiteto que é comunista.

Claro, sou fã de Brasília. Amo esse lugar único. A "cidade inventada" como já disseram. Mas o fascínio não omite suas contradições.

Muita pouca gente sabe. Mas a cidade foi projetada (por Lúcio Costa) com a forma de uma borboleta (geralmente pensam ser um avião... o que ofende o urbanista, mas ganhou o imaginário popular por aqui).



Eu nasci numa das asas dessa borboleta...

Brasília fará 50 anos em 2010.
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Wednesday, January 14, 2009

O novo blog da Julia

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Depois de um bom tempo, hoje eu voltei a teclar com Julia. Ela é atriz de Teatro, cantora e (estou certo) futura escritora. É uma mulher de personalidade, inteligência, sensibilidade, muita sensibilidade e graça. Do signo de Áries, traz de forma dramática o tão característico impulso do signo. É uma mulher que mudou o significado das palavras "arte" e "teatro" na minha vida.

Seu blog nos mostra as inquietações de uma atriz e cantora em início de carreira. A paixão pela música pop e o flerte e o fascínio pela arte mais erudita de temática popular, tais como Chico, Nelson, Bossa ou Cinema. "Nem popular, nem erudito" é o título de uma exposição atualmente exibida no Museu Nacional projetado recentemente por Oscar Niemeyer em Brasília. Assim também é o blog de Julia. Ou melhor, assim são os seus blogs. Pois ela já teve vários. Por mim, os seus blogs poderiam estar expostos naquele museu. Seria bem diferente ir a um Museu de Arte Contemporânea para ver... blogs!

Através de seus blogs, nós podemos acompanhar não apenas suas paixões, mas também pescar nas entrelinhas como funciona o mundo do Teatro, dos artistas, sejam eles reconhecidos, eruditos, consagrados, do teatro, da televisão, os testes para trabalhos na TV e a emoção de participar deles.

Qualquer dia, se ela me autorizar, eu falo do mapa astrológico dela aqui. Ela é VIP.



"Pequena Luz" ou "Pequena Estrela" é um excelente nome, Julia. Gostei muito:


http://www.littlestarofmine.blogspot.com/

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Monday, January 12, 2009

CasaPark

Hoje fui ao shopping CasaPark, aqui em Brasília, com minha mãe e minha prima. Lá, na Livraria Cultura vi o livro "Maysa" de Jayme Monjardim por apenas R$44,00... Ah, eu quero!!!

O CasaPark é sem dúvida (e incomparavelmente) o melhor e mais bonito, diferente e estiloso shopping que eu já vi na vida.

Mais tarde, ao voltar pra casa, vi os mapas de Nara Leão (Sol em Aquario e Plutão no MC) e também vi o mapa de Kelly Key (conjunção Marte-Vênus na casa 7). O mapa de Nara Leão me surpreendeu. Terei de pensar a respeito. O de Kelly Key me intrigou, achei interessante. Talvez a conjunção dos planetas eróticos na casa do casamento seja um indício da relação entre sua fama e beleza.

Friday, January 09, 2009

O Amor.

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"Ainda que um único indivíduo atinja a plenitude do Amor, poderá anular o ódio de milhões"

"O amor é a força mais potente do universo"


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(Mahatma Gandhi)

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Fonte da Imagem do Taj Mahal, na Índia (acima):
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL67683-5602,00-TAJ+MAHAL+E+SIMBOLO+DO+AMOR+ETERNO+NA+INDIA.html
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Sunday, January 04, 2009

Teimando em Dom Casmurro.

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Quando eu estava na 8a série, a professora de Português passou na lousa uma lista de uns dez ou vinte livros. Apontou para Dom Casmurro e disse "esse é o mais difícil". Então claro, escolhi aquele. E também porque eu já andava fascinado pela fama de Machado de Assis. Influência certa de amigos como Braz, Rafael ou Alan. Aliás, meus amigos até hoje. Basta dizer que passei os meus primeiros dias de retorno a Brasília, com os dois últimos.

Portanto, li Dom Casmurro pela primeira vez aos 14 anos e o estou relendo agora com 29, portanto 15 anos depois. O que certamente me garantirá dois Dons Casmurros totalmente diferentes. Dois clássicos. Dois sabores. Duas pessoas diferentes diante do mesmo livro, portanto dois livros distintos, ainda que diante da mesmoa pessoa. Enfim, coisas que me fazem pensar na fragilidade das categorias e conceitos de nossos paradigmas. (As pessoas deveriam discutir menos a existência de Deus e discutir mais a existência de seus paradigmas).

Experimentei essa mesma degustação de letras com "Olga" de Fernando Morais. Li-o pela primeira vez aos 16, por indicação de meu irmão mais velho, Gabriel, que trouxera uma bela edição de São Paulo. Lembro-me bem: estávamos no povoado de São Jorge (vulgo "Chapada dos Veadeiros", reserva do Ibama) onde mamãe morava na época.

Depois reli "Olga", oito anos mais tarde, já com 24, no CRUSP, na USP em São Paulo. Aprendi muito a respeito do signo de Aquário, relendo-o. Olga é aquariana do dia 12 de fevereiro. Com Marte em Áries. Uma mulher fascinante.

Para quem tem travas e resistências a ler Dom Casmurro, a dica que dou é esta: esqueça aquele clima de obrigação da escola e a sensação de pedantismo de que o livro somente poderia ser apreciado por Professores de Português. O livro é maravilhoso e é maravilhoso relê-lo depois de ter conhecido mais a vida e os pensamentos da vida. A sensibilidade, as reflexões, imagens e metáforas de Machado impressionam e suas personagens e situações são tão vivas quanto as de Nelson e eu diria que são mais reais.

Quando o li moleque aos 14, usei um minidicionário obssessiva e pacientemente. Venci o livro em um único dia. Hoje eu o estou lendo com menor avidez, porém com muito mais sabor, já que maior a minha capacidade de leitura e compreensão. Lembro que naquela primeira leitura, por exemplo, a metáfora dos "olhos de ressaca", me passou batida. Hoje... Bem, hoje: só posso chamar Machado de gênio.
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Maysa na TV amanhã.




Amanhã vai estrear Maysa, série de seu filho Jayme Monjardim (o que dirigiu "Olga", o filme baseado no livro de Fernando Morais). Acabo de checar no Wikipédia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maysa_Figueira_Monjardim

Que Maysa nasceu em 6 de junho de 1936. Sendo portanto do mesmo signo que Marilyn Monroe e Machado de Assis: gêmeos. Na verdade, assim como no mapa de Chico Buarque (outro geminiano), o mapa da cantora é rico em planetas em gêmeos: Sol, Vênus, Mercúrio, Quíron e Marte. Mas a personalidade complicada da cantora sugerida nos traillers, não se deveria apenas a essa riqueza geminiana. Seu mapa é riquíssimo em quadraturas: forma uma grande cruz. Com destaque especial para o poder de Netuno, planeta tão importante para músicos, poetas e artistas em geral. Planeta igualmente poderoso nos mapas de Marilyn e Chico Buarque.


Gêmeos...


Vida social intensa, gosto pelo flerte, fascínio e curiosidade pelo humano e pelas pessoas, rapidez de idéias, emoções faiscantes, sensações que vem e vão rápidas, oscilações profundas do humor, amor infantil, habilidade de persuasão e com as situações, alta capacidade verbal e intelectual, horror à mesmice e à monotonia, mente flexível e adaptável, alta capacidade de abstrair a vida, interesses diversos e múltiplos são todos traços geminianos. Estou curioso para conhecer melhor a Maysa.




Mapa Astrológico de Maysa (horário fictício ajustado para 12h): as linhas vermelhas indicam aspectos tensos em sua vida.

Saturday, January 03, 2009

Brasíliape apytá

A frase acima, em Tupi, significa "Fico em Brasília".

Cheguei de São Paulo a Brasília no dia 24, véspera de Natal. Dessa vez, eu decidi me preocupar com o horário de chegada. Mas foi inútil. Eu não teria a menor de chance de manipular tais variáveis, de decidir qual a melhor hora de chegar. Quando percebi isso, desencanei e deixei as coisas rolarem.

Acreditava que chegaria na Rodoferroviária de manhã cedo, mas o ônibus atrasou. Depois, meu irmão iria me buscar de carro, mas o carro dele atolou. Tive que esperar com as caixas uma Kombi encomendada pela minha mãe e meu irmão. Só depois de chegar em casa, eu percebi que chegara em um horário interessantíssimo que, aliás, era a tradução planetária do meu próprio nome.

Depois passei o Natal em família: com mamãe e meu irmão e poucos convidados. O ano novo foi maravilhoso: minha tia que não via já há muitos anos, meu primo Bael, e minha prima Adriana. Depois fui visitar a casa deles e fiquei lá do dia 31 para o 1o de janeiro de 2009, fiquei no dia 2 e vim no dia 3.

Eu e Bael jogamos xadrez como nos velhos tempos. Jogamos 22 partidas, das quais o Bael levou dessa vez a melhor: venceu 13 e eu venci 8. Empatamos uma. Com placar final de 13,5 x 8,5. O combinado era que o primeiro que vencesse 13 jogos levaria a vitória. Curioso: depois de tantos anos nosso xadrez continua equilibrado e jogamos boas partidas (partidas horríveis também).

Uma das minhas últimas vitórias, lembro de memória ainda o código: 1.e4, c6 2. d4, d5 3.Cc3, dxe4 4.Cxe4, Bf5 5.Cg3, Bg6 6.Bc4, e6 7.Cf3, Cd7 8.Bg5, Db6 9.Bb3, Cf6 10.Dd2, h6 11.Be3, Dc7 12. O-O-O, a5 etc.

Essa Defesa Caro-Kann, eu estava jogando com as pretas. Aliás, o Bael nunca joga Defesa Caro-Kann de pretas. Prefere Siciliana.

Depois quero postar sobre o mapa da cantora Maysa e sobre o mapa de Eloá, que eu pretendia por aqui já faz tempo. Mas não posso mais fazer isso hoje. Beijos a todos. (essa despedida me faz lembrar de Olguinha, poxa que saudade dela...)